domingo, 25 de janeiro de 2009

Célula-tronco cura hemofilia em roedor

O uso de células-tronco adultas pode ser a chave para um novo tratamento da hemofilia tipo A, segundo investigadores dos Estados Unidos. Esta doença hereditária provoca distúrbios na coagulação do sangue e atinge entre um ou dois indivíduos em cada 10 mil pessoas.
Num estudo publicado na revista científica "PNAS", cientistas mostram que conseguiram criar células-tronco recombinadas que permitiam aos esquilos hemofílicos produzir as proteínas que lhes faltavam. Isso possibilitou que os animais parassem de sangrar após serem feridos.
Os investigadores, liderados por Yupo Ma, do Instituto do Cancro de Nevada (EUA), usaram células da pele humana (fibroblastos) e retroagiram-nas para se tornarem capazes de produzir a proteína Factor VIII, crucial para a coagulação. Em seguida, injectaram as células alteradas no fígado dos animais hemofílicos. Sete dias depois, os esquilos tratados já produziam a proteína em quantidade suficiente para parar uma hemorragia quando as suas caudas eram feridas. Já os esquilos que não receberam o tratamento, mas foram feridos, morreram após algumas horas.
Os roedores que passaram pela terapia produziram apenas cerca de 16% da quantidade de Fator VIII, se comparados com esquilos saudáveis. Porém, isso parece ter sido suficiente para prevenir a hemorragia e inverter o principal sintoma de hemofilia A.
Os autores da pesquisa ressaltam que não observaram a formação de tumores nem de outros problemas patológicos induzidos, até o momento. Porém, afirmam que é necessário acompanhar a vida desses roedores para verificar se a terapia terá efeitos adversos.




O trabalho fez uso da técnica do cientista japonês Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, que criou as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, em inglês) a partir de células adultas.
O feito tinha sido obtido pela primeira vez em meados de 2006, com células de esquilo. Em 2008, dois grupos independentes de cientistas divulgaram ter conseguido fazer com que células humanas adultas da pele passassem a agir como se fossem as versáteis células-tronco embrionárias.
Esse tipo de terapia experimental tem ganho espaço não só pela sua eficácia mas também por evitar o controverso --e burocrático – uso de embriões para pesquisa. Muitos grupos religiosos qualificam como aborto a prática de destruir embriões excedentes de clínicas de fertilização para extrair células-tronco.
Se as IPS um dia puderem ser usadas em humanos, terão ainda uma terceira vantagem. Como elas podem ser derivadas de células adultas do próprio paciente, isso minimiza os efeitos colaterais relacionados à rejeição imunológica. Segundo o estudo, esse tipo de terapia pode também ser útil em outros tipos de doenças genéticas. Tentativas anteriores de terapia genética para tratar a hemofilia falharam por uma série de razões, incluindo a rejeição pelo sistema imunológico.



A utilização das células-tronco adultas pode ser uma nova esperança para o tratamento da hemofilia tipo A. Esta é uma doença hereditária que provoca distúrbios na coagulação do sangue e que atinge entre 1 a 2 indivíduos em cada 10 mil pessoas.
A utilização destas células permitiram aos esquilos hemofílicos produzir as proteínas que lhes faltavam, o que permitiu a estes animais pararem de sangrar quando eram feridos, possibilitando assim a sua sobrevivência. Para além disto não surgiram rejeições por parte do sistema imunológico nem se verificou o aparecimento de tumores nem de problemas patológicos induzidos.
A nossa esperança é que esta técnica possa ser aplicada no ser humano e que, deste modo, possa salvar a vida a muitos hemofílicos. Esta pesquisa surgiu da necessidade de conhecermos melhor esta doença (Hemofilia Tipo A), bem como, o seu possível tratamento, uma vez que esta já tinha sido abordada nas aulas de Biologia, no âmbito da temática da hereditariedade humana ligada ao sexo.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u489402.shtml
Data: 14.01.2009
Hora: 17h00

Duas moléculas para uma célula feliz






Grupo internacional liderado por investigadora portuguesa descobriu novo papel de uma molécula na célula








As células têm que se multiplicar e dar origem a outras para que os tecidos se regenerem e a vida continue. Mas este é um mecanismo delicado, durante o qual podem ocorrer erros que dão origem a doenças, como cancro ou infertilidade.Uma das situações desconhecidas era como as células escolhem o número certo de uma estrutura celular, chamada centrossoma, que as células-filhas herdam. Quando há mais do que um centrossoma numa célula, existe um problema.

Um grupo internacional, liderado pela portuguesa Mónica Bettencourt Dias, do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), descobriu como é feito o controlo do número de centrossomas na descendência celular. Esse é o papel de uma molécula chamada Slimb, demonstrou a equipa liderada por Mónica Dias, na qual participaram outras três investigadoras do IGC e dois grupos das universidades de Cambridge, no Reino Unido e de Siena, em Itália. "Descobrimos que esta molécula faz aquele controlo eliminando uma outra chamada SAK, se esta estiver em excesso", explicou Mónica Dias. Os resultados publicados, recentemente, surgem na sequência do anterior trabalho desta investigadora que, em 2006, já tinha descoberto, e publicado na revista Science, que a formação dos centrossomas está ligada à SAK. Se não existe esta molécula, não há centrossoma na descendência celular. Se ela existe em excesso, pode haver vários centrossomas.
Quando viram que em alguns casos de células com vários centrossomas não existia a molécula Slimb, a equipa foi verificar se poderia ser esse o problema. Utilizaram moscas da fruta e verificaram que tinham acertado em cheio no palpite.

Investigações como estas são de louvar, uma vez que permitem o avanço da Medicina e um tratamento mais pormenorizado e específico de doenças como a infertilidade humana e o cancro. Temos de nos orgulhar de investigadoras portuguesas, como a referida na notícia, que participam em investigações tão importantes e levam cada vez mais longe o nome de Portugal.

Fonte: http://dn.sapo.pt/2009/01/13/ciencia/duas_moleculas_para_celula_feliz.html
Data: 13.01.2009
Hora: 21h00

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nasceu a primeira bebé sem gene do cancro da mama e do útero






No passado dia 9 de Janeiro de 2009, nasceu, em Londres, o primeiro bebé geneticamente seleccionado para não desenvolver cancro.
A criança tinha entre 50 e 80 por cento de hipóteses de contrair cancro da mama e até 60% de probabilidades de ter cancro do útero. Doenças que afectaram grande parte da família do pai, devido à presença de um gene mutante, o BRCA1.
Os pais da criança consultaram médicos de fertilidade e acabaram por aceitar que a bebé fosse sujeita a uma selecção genética, que deverá impedir que a criança tenha cancro devido à mutação do gene.


Todo o organismo animal ou vegetal é constituído por células, e dentro de cada uma destas existe um núcleo que contém ADN. Cada um dos genes, constituintes do ADN, representa uma propriedade específica, isto é, uma característica única.
A manipulação consiste em "retirar" os genes de uma cadeia de ADN, introduzindo no seu lugar novos genes. A partir daqui, temos um novo organismo geneticamente modificado, que se irá desenvolver com as características adquiridas. É desta forma que, doenças como o cancro da mama e do útero podem ser desviadas.
Mas, até que ponto o Homem tem liberdade de manipular o que quer que seja? E será que é capaz de prever as consequências desta técnica? A verdade é que o Homem já manipula tudo à sua volta e como seres inteligentes que somos, devemos procurar proporcionar melhores condições de vida à Humanidade. Assim, estará esta constante manipulação devidamente controlada?

Data: 10.01.2009
Hora: 13h06

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Biologia Molecular é a chave no combate ao cancro do pulmão

A biologia molecular é cada vez mais necessária na identificação e cura do cancro de pulmão. Por esta razão, profissionais das duas especialidades reuniram-se pela primeira vez em Genebra para trocar conhecimentos e experiências.
Durante quatro dias, mais de 1,2 mil especialistas de 70 países estiveram reunidos em Genebra no 1º Congresso Europeu de Cancro de Pulmão, organizado conjuntamente com a Associação Internacional de Pesquisa do Cancro de Pulmão (IASLC) e a Sociedade Europeia de Medicina Oncológica (ESMO).

O director e cientista do Instituto Catalão de Oncologia (ICO), Rafael Rosell, afirmou que era a primeira vez que havia uma participação tão grande de biólogos moleculares, uma vez que, o seu papel é cada vez mais importante no diagnóstico da doença, pelos diferentes modelos biológicos apresentados pelos cancros de pulmão. Explicou, também, que já existem remédios que funcionam, positivamente, em todos os pacientes. Por vezes, uma cirurgia resolve o problema, mas em alguns casos, é necessária a realização de radioterapia e de quimioterapia. Por isso, para os médicos é essencial saber qual o tipo de paciente que enfrentam.

Outro dos problemas do cancro de pulmão é a dificuldade de diagnóstico precoce. O cancro genético é como qualquer outra doença provocada por alteração genética, logo deve ser estudado separadamente.
No Congresso foram também analisados os resultados dos medicamentos existentes, assim como os que actualmente estão em fase de teste e prontos para serem utilizados.


O cancro do pulmão é uma doença oncológica que afecta milhões de seres humanos. Assim sendo, é obrigatório consultar, com regularidade, um médico especialista e realizar exames de diagnóstico.
Em caso de diagnóstico pouco favorável ao paciente, devemos sempre acreditar que todas as doenças têm cura, logo, nunca devemos perder a esperança e temos de aprender a confiar, plenamente, no trabalho dos médicos e no avanço da Medicina.

Data: 11.01.2009
Hora: 19h40

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pílula anticoncepcional prejudica o ambiente e a fertilidade masculina

"Pílula anticoncepcional prejudica o ambiente e causa infertilidade masculina", afirma o jornal do Vaticano



O jornal do Vaticano, o "L'Osservatore Romano", afirmou que a pílula anticoncepcional feminina tem "consequências devastadoras para o ambiente" e é uma das causas da infertilidade masculina.

No artigo do vespertino, o espanhol José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), assegura que os contraceptivos orais podem ter efeitos abortivos e são prejudiciais para o ambiente, já que através da urina se libertam "toneladas de hormonas". Além disso, a libertação dessas hormonas é, segundo Castellví, uma das principais causas da infertilidade masculina no Ocidente.

O médico indicou assim que a pílula anticoncepcional, a mais usada no mundo industrializado, com baixas dose de estrogénios e progesterona, funciona em muitos casos como efeito abortivo, já que pode ajudar a expulsar um pequeno embrião humano.
Para o médico, o uso da pílula, considerado o método contraceptivo mais eficaz e qualificado por milhões de mulheres como uma das grandes revoluções femininas, viola “pelo menos cinco importantes direitos humanos”: o direito à vida, à saúde, à educação, à informação e igualdade entre os sexos.

Sendo assim, se queremos ajudar a salvar vidas e evitar problemas futuros, ao nível do meio ambiente, há que ter alguns cuidados com o uso da pílula anticoncepcional. Pois, se as populações não tiverem saúde, educação, informação e igualdade de direitos, valerá a pena viver?


Data: 06.01.2009
Hora: 20h45

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo !!!






Um excelente ano e que todos os sonhos se realizem.
FELIZ ANO 2009 !!!