quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bactéria permite novo tratamento de efluentes têxteis


Investigadores estudaram potencialidades de uma bactéria que reduz a toxicidade dos efluentes da indústria têxtil a baixos custos.

Uma equipa de investigadores, entre os quais um do Instituto Molecular de Biologia Celular (IMBC), descobriram um novo tratamento para os efluentes da indústria têxtil. Trata-se de uma bactéria, a Staphylococcus arletta, que permite a degradação do corante têxtil de uma forma menos tóxica e a baixo custo.
A particularidade da bactéria reside no facto de poder crescer em ambiente aeróbio e anaeróbio. O investigador do IMBC, Andrea Zille, explica que "quando um corante é degradado por uma bactéria em ambiente anaeróbio formam-se aminas que são prejudiciais ao ambiente. Normalmente, é necessária outra bactéria para mineralizar estas aminas de maneira a que não sejam libertadas no ambiente assim como estão". Com esta descoberta, é possível realizar a descoloração com apenas uma bactéria.
O estudo, que partiu de uma parceria internacional entre a Universidade Estadual de Campinas, no Brasil, e a Universidade do Minho, provou a redução da toxicidade da água dos efluentes e também da concentração das substâncias perigosas. O investigador salienta que este é um processo com "custos muito limitados, quer em termos de controlo como de poluição secundária".
Andrea Zelli acrescentou que "algumas indústrias têxteis portuguesas já tentam adoptar um sistema biológico de degradação do corante, através das ETAR especializadas". No entanto, o investigador do IMBC refere que é necessária uma "mudança de mentalidades e de políticas ambientais", sobretudo por parte dos empreendedores, para que os custos ambientais sejam tidos em conta.
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Estudos como este constituem uma nova esperança no tratamento das águas residuais, contaminadas por efluentes têxteis, sem que o ambiente seja prejudicado.
Investigadores descobriram uma bactéria, Staphylococcus arletta, que permite a degradação do corante têxtil de uma forma menos tóxica e a baixo custo.
Até aqui, para o tratamento dos efluentes têxteis eram necessárias duas bactérias, uma bactéria degradava o corante em ambiente anaeróbio, formando aminas que eram prejudiciais ao ambiente e, por isso, era necessária outra bactéria para que ocorresse a mineralização destas aminas. Contudo, como a bactéria Staphylococcus arletta tem a capacidade de crescer em ambiente aeróbio e anaeróbio, é possível realizar a descoloração com apenas esta bactéria.
Apesar de esta ser uma boa notícia para o tratamento das águas residuais é importante alertar os empresários para a necessidade de preservar a água, não a contaminando, através da realização do seu tratamento, antes de ser lançada para os rios e mares.
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Hora: 17H30

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