quarta-feira, 27 de maio de 2009

Álcool estimula mas perturba!


As pessoas sentem-se audazes. Tudo porque o álcool funciona como um estimulante que activa os processos físicos e mentais. Uma capa que esconde a realidade: é que o álcool é um depressor, prejudicando as capacidades psicofisiológicas, mesmo ingerindo-se em pequenas doses.
Assim, cinco por cento do que ingerimos é eliminado directamente através da expiração, da saliva, da transpiração e da urina. O restante passa para a corrente sanguínea através das paredes do estômago e do intestino delgado, sem qualquer transformação química. Só no fígado é decomposto, mas muito lentamente.
Quando atinge o cérebro, órgão abundantemente irrigado de sangue, afecta, a pouco e pouco, as capacidades sensoriais, perceptivas, cognitivas e motoras, incluindo o controlo muscular e o equilíbrio do corpo. Pode-se também dizer que o álcool interfere, negativamente, em todas as fases da condução. Começa por originar uma audácia incontrolada – o indivíduo é invadido pela euforia, por uma sensação de bem-estar e optimismo, com a consequente tendência para sobrevalorizar as suas capacidades que, na realidade, já se encontram diminuídas.
Sob a influência do álcool, as capacidades de atenção e vigilância vão ficando diminuídas; há uma redução da capacidade visual, quer para o perto, quer para o longe, o que leva à alteração dos contornos dos objectos, tanto parados como em movimento. Além disso, o condutor fica incapaz de avaliar correctamente distâncias e velocidades, o campo visual estreita-se e o tempo de recuperação após um encadeamento aumenta.
Aumenta também o tempo de reacção, ao mesmo tempo que os reflexos vão ficando mais lentos e o corpo deixa de oferecer resistência à fadiga.


Os condutores colocam o seu ponto de tolerância ao álcool num patamar demasiado elevado, o que lhes dá uma visão irrealista da sua capacidade para empreender uma viagem. Não tanto os claramente embriagados, porque estes provavelmente nem se aguentam em pé, pelo que não tentarão conduzir, mas sobretudo aqueles que beberam em quantidades pequenas ou moderadas e que se consideram em óptimas condições, correm riscos, porque não têm em conta o tempo que o álcool leva a fazer efeito.
Para que não seja a próxima vítima, aqui fica o conselho de sempre: se beber não conduza!
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Fonte: Revista “Farmácia Saúde”
Data: 06.04.2009
Hora: 20H02

Bactéria permite novo tratamento de efluentes têxteis


Investigadores estudaram potencialidades de uma bactéria que reduz a toxicidade dos efluentes da indústria têxtil a baixos custos.

Uma equipa de investigadores, entre os quais um do Instituto Molecular de Biologia Celular (IMBC), descobriram um novo tratamento para os efluentes da indústria têxtil. Trata-se de uma bactéria, a Staphylococcus arletta, que permite a degradação do corante têxtil de uma forma menos tóxica e a baixo custo.
A particularidade da bactéria reside no facto de poder crescer em ambiente aeróbio e anaeróbio. O investigador do IMBC, Andrea Zille, explica que "quando um corante é degradado por uma bactéria em ambiente anaeróbio formam-se aminas que são prejudiciais ao ambiente. Normalmente, é necessária outra bactéria para mineralizar estas aminas de maneira a que não sejam libertadas no ambiente assim como estão". Com esta descoberta, é possível realizar a descoloração com apenas uma bactéria.
O estudo, que partiu de uma parceria internacional entre a Universidade Estadual de Campinas, no Brasil, e a Universidade do Minho, provou a redução da toxicidade da água dos efluentes e também da concentração das substâncias perigosas. O investigador salienta que este é um processo com "custos muito limitados, quer em termos de controlo como de poluição secundária".
Andrea Zelli acrescentou que "algumas indústrias têxteis portuguesas já tentam adoptar um sistema biológico de degradação do corante, através das ETAR especializadas". No entanto, o investigador do IMBC refere que é necessária uma "mudança de mentalidades e de políticas ambientais", sobretudo por parte dos empreendedores, para que os custos ambientais sejam tidos em conta.
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Estudos como este constituem uma nova esperança no tratamento das águas residuais, contaminadas por efluentes têxteis, sem que o ambiente seja prejudicado.
Investigadores descobriram uma bactéria, Staphylococcus arletta, que permite a degradação do corante têxtil de uma forma menos tóxica e a baixo custo.
Até aqui, para o tratamento dos efluentes têxteis eram necessárias duas bactérias, uma bactéria degradava o corante em ambiente anaeróbio, formando aminas que eram prejudiciais ao ambiente e, por isso, era necessária outra bactéria para que ocorresse a mineralização destas aminas. Contudo, como a bactéria Staphylococcus arletta tem a capacidade de crescer em ambiente aeróbio e anaeróbio, é possível realizar a descoloração com apenas esta bactéria.
Apesar de esta ser uma boa notícia para o tratamento das águas residuais é importante alertar os empresários para a necessidade de preservar a água, não a contaminando, através da realização do seu tratamento, antes de ser lançada para os rios e mares.
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Hora: 17H30

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diabetes compromete a Fertilidade


Ter um filho é a melhor coisa do mundo. Assim como é uma grande frustração quando um casal tenta gerar um bebé e não consegue. Milhares de factores afectam a fertilidade de um casal. Stress, drogas e até mesmo doenças que aparentemente não estão minimamente relacionadas.
O sistema reprodutivo para funcionar bem depende de um equilíbrio entre a mensagem hormonal e a performance dos órgãos reprodutores. Doenças crónicas, como a diabetes, podem comprometer o bom funcionamento do sistema e resultar em dificuldade para gerar um bebé.
A diabetes tipo II geralmente está associada a obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições chegam a causar deficiência hormonal na mulher, assim como ciclo menstrual irregular e infertilidade.
Já a diabetes tipo I, que normalmente acomete pacientes jovens, ocorre quando as células no pâncreas que produzem insulina são destruídas por anticorpos. Esse processo também se pode estender a outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, e assim impossibilitar a gravidez.
As mulheres que não mantêm a diabetes bem controlada nas primeiras semanas de gravidez têm entre duas e quatro vezes mais hipóteses de gerar uma criança com malformações e estão mais sujeitas a hemorragias e partos prematuros. Mas, não é só a mulher que enfrenta problemas em relação à sua fertilidade. Os homens também são afectados pela doença. Testes de DNA com espermatozóides de pacientes diabéticos demonstram maior quantidade de material defeituoso, que pode provocar a infertilidade masculina, problemas de gestação e abortos espontâneos, principalmente quando o paciente não sabe que é diabético. O diabético costuma apresentar uma significante redução no volume de sémen. Em cada seis casais em que um dos cônjuges é portador de diabetes tipo II, pelo menos um precisa de recorrer a um especialista para engravidar. Sem mencionar outros factores que podem contribuir negativamente, como o consumo de álcool e fumo.

A diabetes é mais um de entre muitos problemas de saúde que contribuem para o aumento dos casos de infertilidade, para muitos deles ainda nem foi encontrada solução. Parece-nos, por isso, importante divulgar este tipo de informação de modo que as pessoas em geral e especialmente os diabéticos, estejam atentos e mantenham controlados os seus níveis de açúcar no sangue.

Data: 20.05.2009
Hora: 18H30

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Gripe A ! Leiam com atenção !




A influenza A subtipo H1N1, chamada anteriormente de gripe suína é uma doença infecto-contagiosa ocasionada por uma variante de Influenzavirus A H1N1.
Teve início no México, em Abril de 2009, e começou a espalhar-se pelo mundo, gradativamente. O vírus original da gripe suína foi isolado pela primeira vez em 1930, num porco.



* Forma de Contágio

A contaminação dá-se da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contacto directo com o infectado ou indirecto (através das mãos) com objectos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70ºC destrói quaisquer microrganismos patogénicos. Para já, não foram identificados porcos doentes no local da epidemia, pois trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína. O vírus da gripe suína (não o vírus Influenza A/H1N1 que actualmente está a infectar as pessoas) causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afecta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contacto directo e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma directa ou indirecta, através das secreções respiratórias, ao contactar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal.
Os suínos podem igualmente ser infectados pelo vírus da Influenza humano, assim como pelo vírus da Influenza aviário e pelo suíno. Quando os vírus da Influenza de diferentes espécies infectam simultaneamente o mesmo animal (como por exemplo o suíno), podem reorganizar-se geneticamente e originar uma nova estirpe de vírus, tal como aconteceu actualmente com a emergência deste novo vírus circulante Influenza A/H1N1. A análise do vírus sugere que ele tem uma combinação de características das gripes suína, aviária e humana. Especificamente, esta combinação não tinha sido vista até agora em humanos ou em suínos e a sua origem é ainda desconhecida. Mas, felizmente, a conclusão inicial é a de que o vírus se espalha mais facilmente entre os porcos e o contágio do humano para humano não é tão comum e simples quanto o da gripe comum.




* Sintomas

Assim como a gripe humana comum, a Influenza A (H1N1) apresenta como sintomas a febre repentina, fadiga, dores de corpo, tosse. Este novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vómitos que a gripe convencional.



* Tratamento

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os medicamentos antiviral Oseltamivir e Zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efectivos contra o vírus H1N1.
Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença.




* Vacina

Existe uma vacina para os porcos, porém, ainda não se descobriu uma que possa ser utilizada pelos humanos. A vacina destinada à prevenção da gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma protecção contra o vírus H1N1.
O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz. Também o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estão a investigar formas de tratamento. O Instituto Butantan, em São Paulo, está a colaborar com a Organização Mundial de Saúde numa pesquisa para elaborar uma vacina preventiva contra a gripe A e tem previsão de finalizar o processo dentro de quatro a seis meses.
Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, “se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida”.




A gripe A tem atingido bastantes pessoas em todo o Mundo, mas em Portugal apenas existe um caso confirmado. Recentemente, a Ministra da Saúde, Doutora Ana Jorge, referiu que Portugal está preparado para combater esta epidemia, pois existem medicamentos na reserva estratégica em perfeito estado de conservação e prontos a ser utilizados caso sejam medicamente necessários.
Por isso, não há razões para alarme. Calma Portugal!



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Influenza_A_(H1N1)
Data: 05.05.2009
Hora: 20H30